Recomendação marota da Ana Alice n° 4 - A culpa é das estrelas

 Publicado originalmente em http://www.skoob.com.br/estante/livro/19055925

Sinopse

Hazel Grace tem câncer desde os 13 anos. Naquela época, seu estado foi diagnosticado como terminal, mas agora, três anos depois, Hazel Grace ainda vive devido a um milagre da medicina que conseguiu encolher seus tumores. Acostumada a conviver com o câncer, mas sem nunca esquecer de sua presença, Hazel Grace segue sua vida e conhece Augustus Waters no grupo de apoio. Com ele, Hazel Grace vai chegar onde nunca chegou em vários aspectos de sua vida.

Um grande pequeno infinito

Sabe quando você simpatiza com um livro logo de cara? haha, eu estava falando da capa, mas isso também aconteceu na primeira frase do livro. Comprei ontem, comecei a ler quase que imediatamente e não consegui mais parar. Ignorando os gritos de "Larga esse livro!" e "Vai dormir, Alice!", fiquei acordada até terminar. Algo que aconteceu por volta das 3 da manhã. Não conseguia abandonar o livro. Precisava o que ia acontecer o mais rápido possível. 
Hazel tem uma forma de pensar, um humor negro brutal e realista que me causou inveja (de um jeito bom, claro. Acho que não foi bem inveja dela, mas de todos que a tem como amiga). Mas aposto como todos que leram esse livro pensaram: "Nossa, se eu sofresse de uma doença mortal, fosse uma paciente terminal e, sabe, tivesse que conviver com a ideia da morte eminente todo santo dia, acho que seria como Hazel!" e seus olhinhos brilharam. Pois é, querido. Todos nós queríamos ser um pouco como Hazel, (ainda mais por causa do fato dela namorar o perneta mais fofo do mundo) mesmo sem saber disso, queremos ser fortes como ela, corajosos como ela, engraçados como ela, realistas como ela, sarcásticos como ela, carismáticos como ela... (E sortudos como ela! Nossa, queria um Augustus Waters pra mim!) E, foi inevitável, eu me apaixonei pela história de Hazel e Gus, enquanto ambos se apaixonavam um pelo outro... "O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis."

Esse livro mexeu muito comigo. Me mudou um pouco, eu acho. Senti muita raiva, muita dor, como se eu realmente tivesse vivido aquilo com eles (o que realmente aconteceu já que, como sempre digo, as histórias nos livros são reais enquanto se está lendo) e, como todos sabemos e aprendemos, (principalmente o Senhor Van Houten) a dor nos transforma, nos revela...  Mas "sem dor, como poderíamos reconhecer o prazer?"

Esse é o tipo de livro que você queria poder apagar da memória só para poder lê-lo de novo. Que você não sabe se lê devagar saboreando as páginas ou rápido para saber logo o que acontece (no qual eu optei pelo segundo, mas me arrependo um pouco disso).
Queria só poder passar por todo aquele turbilhão de sentimentos novamente, aquela "montanha russa que só vai para cima" com aquele suspense mortal, aquela sede de saber o que acontece a seguir que só se tem ao ler um bom livro, do tipo que muda sua vida e forma de pensar, tudo mais uma vez e pela primeira vez novamente. E dessa vez leria mais devagar, saboreando as páginas. 

Alguns infinitos são maiores que outros... O infinito que passei ao lado de Hazel e Gus, mesmo sendo um grande pequeno infinito, foi mirificamente incrível. E, "amado" (como diria Kaitlyn), não vou mais tomar seu tempo com minhas palavras insuficientes para descrever esse "Livro com L maiúsculo", como diria Gus. Vá até a livraria mais próxima, comece logo a ler e entenda o que eu tentei (não com tanto sucesso quanto queria) dizer nesses parágrafos de ideias confusas e contraditórias... "como estrelas que não consigo arrumar em constelações". 

Ele é simplesmente o melhor livro que já li esse ano e um dos melhores da minha vida. 
Me fez lembrar o porquê de eu gostar tanto de ler, e odiar tanto amar isso, e amar tanto odiar amar isso... Entendem? Não? Bem, então que jeito melhor há no mundo de entender uma coisa do que passando por ela? 

Beijos,

Ana Alice, a bookaholic ;9

P.S.: Site oficial do livro, com perguntas feitas por leitores e respondidas por John Green: http://www.aculpaedasestrelas.com.br/