quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Torreão - Jennifer Egan

Sinopse: 

Danny é um nova-iorquino viciado em celular que, entre outros estranhos talentos, consegue detectar na própria pele se um lugar tem sinal de internet wi-fi. Quando seu primo Howard, de quem havia se afastado após uma brincadeira de mau gosto na adolescência, o convida para conhecer o castelo europeu que comprou e está reformando com a intenção de transformar em hotel de luxo, Danny acha que é uma boa oportunidade para retomar o contato e ao mesmo tempo fugir da confusão que arrumou em seu último emprego. Ao chegar lá, no entanto, as coisas começam a ficar estranhas. O torreão do castelo, que serviu de fortificação durante muitos séculos e resistiu a diversas tentativas de invasão, ainda é ocupado pela antiga proprietária - uma baronesa sinistra que parece velha demais para estar viva. Uma piscina mal-assombrada e um traiçoeiro labirinto subterrâneo completam a aura de mistério do lugar. Quando o pânico toma conta de Danny, ele descobre que a "realidade" pode ser algo em que não consegue mais acreditar. De maneira inventiva e subvertendo os limites entre fantasia e realidade, Egan constrói uma história que prende o leitor a cada página e nos faz ter vontade de reler o livro muitas vezes.

Resenha: 

Se tivesse que descrever esse livro em uma palavra, diria GENIAL.
Não me lembro de já ter visto nada parecido. Egan criou um romance pegando o cenário comum dos suspenses góticos (castelos muito velhos e colossais, de preferência na Europa, que guardam anos e anos de segredos acumulados de uma família poderosa) e pondo nisso personagens como Danny, um cético nova-iorquino que raramente vai a algum local que não tenha conexão WiFi. E fica tão... perfeito. A leitura é fluida, a história é envolvente. 
Parece bem louco eu falando assim, tipo, onde em tudo isso de castelos velhos e céticos nova-iorquinos cabe um romance? Mas, vai por mim, tem romance aí e é bem melhor que muito Crepúsculo por aí. Ha, ha, zoei...

Algo que me chamou a atenção e que tornou a leitura ainda mais envolvente é que a história é narrada por Ray, um presidiário que está participando de uma oficina de escrita na prisão, e ele alterna entre a história de Danny e o que ele está vivendo na prisão. Eu ficava super curiosa pra saber o que ia acontecer com Danny, aí ele cortava e passava a contar o que acontece na prisão e, então, quando ele voltava pra história de Danny eu ficava curiosa de novo, eu queria agora que ele dissesse o que estava acontecendo na prisão, e vice-versa.
O livro é deslumbrante, incrível, do começo ao fim. Mas, só chegamos a perceber o quanto é realmente, quando o terminamos e todos os mistérios foram desvendados.
No final eu fiquei, tipo, "Ah! Você me enganou!", quando lerem vocês me entenderão. E não vão se arrepender.

Beijos,
Ana Alice N.